Serra Negra foi fundada em 23 de setembro de 1828 por Lourenço Franco de Oliveira. A fundação remete-se à data em que a pequena capela construída nas terras de Lourenço Franco de Oliveira (local do atual bairro das Três Barras) recebeu a concessão de Capela Curada (termo que institui um paróquia) pelo bispo Dom Manoel Joaquim Gonçalves de Andrade, de Mogi Mirim. Em 12 de março de 1841 a capela, pertencente à região de Mogi-Mirim, foi elevada à categoria de Freguesia (povoação sob aspecto eclesiástico).
Em 24 de março de 1859, Serra Negra foi elevada à categoria de Vila, sendo os respectivos habitantes obrigados a construir Cadeia e Casa da Câmara a sua custa.
A primeira sessão da Câmara Municipal foi realizada em 7 de setembro de 1859. Pela lei n° 113 de 21 de abril de 1885, a Vila de Serra Negra foi elevada à categoria de cidade. Inicialmente, os lavradores que moravam em Serra Negra cultivavam cereais. No ano de 1873 teve o início do plantio de café em larga escala.
A partir de 1880 começaram a chegar as primeiras famílias de imigrantes italianos para trabalharem nas lavouras de café, mudando totalmente as características portuguesas da colonização e revelando ser a tradição italiana fator predominante na contribuição da cultura local. Em março de 1892 foi inaugurado o ramal férreo da Companhia Mogiana. A locomotiva fazia o trajeto de Serra Negra até Campinas.
Além do transporte de passageiros, o principal produto transportado era o café. O ramal foi desativado em 1956, quando as estradas de rodagem já se desenvolviam em larga escala no país. Na década de 1920 a economia brasileira já começava a sofrer os efeitos ocasionados pelo excesso da produção de café.
A baixa dos preços e a má qualidade do produto, somando-se à quebra da bolsa de Nova York em 1929, acarretou a decadência da economia cafeeira.
Serra Negra, embora afetada pela crise, já recebia os primeiros benefícios da descoberta da qualidade terapêutica de suas águas minerais a partir da Fonte Santo Antonio, de Luiz Rielli.
A descoberta das propriedades radioativas das águas em 1928 levou à criação, em 1930, de um pavilhão hidroterápico construído ao lado da grandiosa fonte. Sua composição mineral, combinada a pequenas doses de radioatividade, revelou serem as águas minerais de Serra Negra indicadas para os mais diversos tratamentos de saúde.
O reconhecimento da qualidade das águas minerais levou à denominação de Serra Negra, pelo então Presidente da República Washington Luís, como 'Cidade da Saúde'. Em 1938, o Decreto assinado pelo então governador Dr. Adhemar Pereira de Barros, elevou Serra Negra à categoria de Estância Hidromineral e Climática. Atualmente, a Estância Hidromineral de Serra Negra tem no turismo sua principal atividade econômica, seguida da agricultura, com predominância para o cultivo do café.
A cidade possui diversas fontes de acesso público e empresas mineradoras.
O desenvolvimento turístico impulsionou a criação de uma rede hoteleira de qualidade, de um comércio diferenciado e de diversos pontos de turismo central e de campo. A característica turística principal da Estância permanece vinculada a idéia de saúde e bem estar, possibilidade de contato com a natureza, ótimo clima, ar puro e momentos de tranqüilidade, e se expande em sua potencialidade de desenvolver novos pontos de turismo rural e de aventura.
DENOMINAÇÃO Origem Indígena - A parte do município em que hoje está a cidade de Serra Negra era, a princípio, um aldeamento de indígenas. Segundo a opinião de João Mendes de Almeida, no Dicionário Geográfico da Província de São Paulo, "Serra Negra" não passa de corruptela de herã=n=yerê, isto é, um pouco volteadora: herã (um pouco) e yerê (voltear), uma clara alusão aos rodeios que o viajante era obrigado a realizar, pelo fato das serras do município serem escarpadas.
Fundadores - Na época da fundação da cidade, a vegetação era intensa e a serra escura. Então o local era conhecido como "serra negra". Lenda - As toras de madeira eram na época desdobradas por dois escravos, um homem e uma mulher, que usavam uma serra chamada trançador. Toda hora o feitor dizia para a escrava: "Serra, negra".
Lourenço Franco de Oliveira, nasceu em 1775 e faleceu em 15 de março de 1833